quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Atravessando o Titicaca até a Isla del Sol

Assim que chegamos em Copacabana, e encontramos um hostel para passarmos a noite, saímos para jantar uma pizza e comprar os tíquetes para a Isla del Sol. Às 8h da manhã seguinte fomos até o pier no lago Titicaca e tomamos um barco para a ilha. Nos impressionamos com a beleza do grande lago azul, o lago navegável mais alto do mundo!


Logo na entrada conhecemos o Jesse Schrama, um holandês gente boa, de 22 anos, que está viajando sozinho e ficará 9 meses perambulando por vários países da América do Sul. O Jesse está aprendendo espanhol, mas prefere conversar em inglês ou dutch, que só a Rafa entende. Ele está sendo uma ótima companhia e estamos desenferrujando o nosso inglês!


Até a ilha eu fui sob o teto do barco para tirar boas fotos, e lá conheci também 4 argentinos gente boa que estavam viajando meio sem rumo como nós, o Elvio Monasterolo, Leandro Terny, Leonardo Pelizari e o Julian Rana. O Elvio (el loco) tinha, há uns 4 dias, acabado de fazer o caminho de Coroico, como nós, porém de bicicleta junto com o Leo. Em uma curva ele freiou e passou reto, caiu uns 60 metros de altura em um precipício que tinha centenas de metros. Sobreviveu porque conseguiu se agarrar em um galho de árvore, mas quebrou várias costelas e se machucou todo. Por isso chamei ele de El Loco!


Desembarcamos na parte norte da ilha. Nosso objetivo era fazer a trilha de aproximadamente 3 horas, que corta a ilha até o sul, e voltar a Copacabana no outro dia. O Jesse também queria fazer essa trilha conosco, mas conversando com nativos decidimos ficar curtindo o lado norte naquele dia, conhecer todos os locais sagrados e caminhar até o sul no outro dia. Acabamos ficando todos (nós, Jesse e os argentinos) no mesmo hostel, do guia Jose.


A tarde o Jose nos levou a todos aos locais sagrados, mais ao norte da ilha, uma boa caminhada. Visitamos o Museo de Oro, passamos pela Pisada del Sol e assistimos ao pôr do sol sobre o templo Chincana, que fica próximo da Roca Sagrada (Wiracocha) e do Titicarca (el puma en la roca). Para fechar o dia o Jose nos serviu uma sopa de Quinua. Nesse momento acabou a luz na ilha e ficamos conversando à luz de lanternas. Acabamos indo dormir cedo, sem banho, pois logo acabou também a água...


A ilha é um lugar especial. Você convive com os nativos Yumani, que continuam vivendo da agricultura e pesca, como seus antepassados, cultivando suas tradições e costumes. Vida simples, sem muitos confortos, em meio à natureza um pouco hostil dos 4.000 metros de altitude, mas cercados pelo Titicaca e muitas belezas. A diferença é que agora eles sobrevivem também de turismo. É muito bom passar um tempo lá para perceber que precisamos de muito pouco para viver, com felicidade e saúde! Totalmente desaconselhável para pessoas chatas e/ou exigentes! ;-)

4 comentários:

  1. Rafa, vc tá aguentando essa tanto de matcho?! Qqer coisa, pode me ligar pra desabafar, kkk! Beijinhos para vcs, queridos :)

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  2. Marina, são todos uns lords! he he Mas o incrível é ver uma quantidade grande de mulheres viajando sozinhas. Isso é um bom incentivo pra gente sair pelo mundo.
    Beijos!

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  3. Que por do sol é esse!!!!!!

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  4. Roberta,
    Realmente este pôr do sol foi maravilhoso, Isla del Sol, não poderia ser outro lugar.
    Fazia muito frio e ventava muito. Mas fomos brindados com uma sopa de quinua quentinha e muito gostosa.

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