segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Roteiro da Viagem pelo Altiplano e Andes

Após várias horas de leitura, conversas e pesquisas, conseguimos fechar o roteiro de viagem. Certamente ele poderá ser alterado quando estivermos com o pé na estrada, mas ter uma programação dos lugares e datas nos faz ganhar tempo e diminui o risco das coisas darem erradas. Confira:



Em 2009, quando começamos a organizar esta viagem, encontramos o site da Renata Maciel, que fez esse percurso em 2006, no período de 33 dias. Na época, guardamos o link pois percebemos que vários lugares que ela passou eu e a Rafa também gostaríamos de visitar. Depois que compramos as nossas passagens de ida e volta a Cochabamba usamos muitas informações que ela postou, pois o roteiro dela foi muito parecido. Como facilita quando você encontra registrado o que outras pessoas já passaram. Por isso criamos esse nosso diário de bordo. Pode ser útil para alguém também.

Como pode perceber esse roteiro é uma maratona e tanto, pois, são mais de 12 cidades em 3 países, e muitos lugares a visitar. Mas o propósito da viagem é esse mesmo: conhecer o máximo de lugares, histórias, culturas e pessoas, sair da rotina sem gastar muito, curtindo a mãe natureza com muito respeito. Se fosse para descansar, ficaríamos em casa! ;-)

domingo, 26 de setembro de 2010

Até Machu Picchu pela Trilha do Monte Salkantay

Uma etapa importante da nossa viagem é a visita a Machu Picchu, a cidade "perdida" dos Incas, que está em uma região de acesso não trivial (se bem me entendem), em meio às montanhas dos Andes. O acesso a Machu Picchu é controlado pelo governo peruano e existe um caminho bastante tradicional para se chegar lá, a cobiçada Trilha Inca, com duração de 4 dias e 3 noites, por onde é permitida a entrada de apenas quinhentas pessoas por dia.


Logo após comprarmos as passagens, com praticamente um mês e meio de antecedência, entramos em contato com várias agências que têm permissão para vender ingressos na Trilha Inca, mas logo veio a má notícia: Entradas no mês de outubro esgotadas, disponíveis somente a partir da metade de novembro. Lamentei, mas eu disse para a Rafa que encontraríamos uma alternativa. Uma dica: Se pretende fazer a Trilha Inca, reserve com pelo menos três meses de antecedência.

Então, recebemos uma resposta da agência El Dorado, que tem uma base no Brasil, na cidade de Barcelos, no Amazonas, sobre uma trilha alternativa: A trilha do Monte Salkantay, eleita uma das 25 trilhas mais bacanas do mundo. Essa trilha é bastante diferente da Trilha Inca, passando por vales imensos, montanhas íngremes, terras áridas, picos nevados, etc, em altitudes que chegam a 4.600 metros acima do nível do mar e com duração de 5 dias e 4 noites. Ou seja, adorei, quanto pior, melhor! ;-)


Claro, fechamos com a El Dorado a trilha pelo Salkantay, com início em 13 de outubro, até não foi assim tão ruim perder a Trilha Inca! ;-) Eles dão um bom apoio durante a caminhada, levando barracas, colchonetes, guia, comida, etc. Como essa trilha não é brincadeira, tivemos que caprichar um pouco nos equipamentos, pois estar despreparado no meio da Cordilheira dos Andes, após dias de caminhada, é desaconselhável (se bem me entendem). Logo falaremos sobre os equipamentos que compramos para a viagem, apresentando um checklist.

Essa é, com certeza, uma parte especial da viagem...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O Guia do Mochileiro da América

Existem basicamente dois tipos de viajantes: 1) Aquele que prepara antecipadamente tudo, organiza tudo, traça o roteiro, reserva hotel, compra a passagem e prepara a bagagem com antecedência, para que quando tiver que sair esteja tudo certo. 2) Aquele que deixa tudo para a última hora, organiza a bagagem um pouco antes de sair e não está preocupado com o detalhes do que vai fazer, cria o roteiro que der na telha durante a viagem. Eu, claro, sou o segundo! Para a minha sorte, a Rafa é do tipo 1. :-)

Fazer uma viagem dessas sem o mínimo de planejamento é arriscado. São muitas as adversidades pelo caminho, outros países, diferentes culturas, imensidões desabitadas, frio, perigos, altitude, etc. Por isso antes de colocar a mochila nas costas é importante ter uma boa ideia de onde irá passar e como são esses lugares. Encontramos um livro ótimo chamado Guia Criativo Para o Viajante Independente na América do Sul. Na época não foi fácil encontrá-lo, tivemos que esperar na fila, mas conseguimos comprar a 5ª edição desse guia. Ótimo!


Ele contém detalhes da maioria dos lugares interessantes da América do Sul, com informações úteis como hotéis, restaurantes, pontos turísticos, transportes, dicas, curiosidades, advertências, preços, mapas, dados geográficos, sociais e políticos, enfim, tudo o que a gente precisa saber quando estiver lá, sem saber para qual lado ir. É também muito útil na hora de fazer o roteiro, pois você terá uma boa ideia do que vale e o que não vale a pena conhecer. E o que é mais interessante para nós: escrito por viajantes brasileiros, que é bem diferente de ler um livro escrito por gringos.

Dados bibliográficos:

ISBN: 8587896024
Editora: O Viajante - Trilhos & Montanhas
Autor: Zizo Asnis & Os Viajantes
Edição: 5ª / 2008
Número de Paginas: 876
Idioma: Português


Ahh, e não esqueça de levar uma toalha... (Ok, essa piadinha poucos irão entender!) ;-)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Coroico - El camino de la muerte

Como não pode deixar de ser, o nosso roteiro inclui uma passada de 4 à 5 dias em La Paz. E nesta passagem ganharemos um novo integrante, nosso querido amigo Max Glaser. Contextualizando, eu conheci o Max, um boliviano muito simpático e amigo incrível, há 10 anos quando estive na Alemanha para fazer um estágio. Desde esta época mantemos contato. Na Alemanha, ele se tornou o "responsável" pela organização das nossas viagens de final de semana, pois não tínhamos tanto know how e o Max conhecia todos os esquemas. Agora contamos com ele novamente para incrementar nosso roteiro de La Paz. Ele nos indicou o Hostel Loki e um passeio muito curioso, que não tínhamos pensado: Coroico - El camino de la muerte.

Quando vi as fotos fiquei encantada com a paisagem, cheia de cachoeiras e montanhas e entusiasmada em passar por um lugar tão inusitado. E como o próprio site diz: "Um lugar relaxante, onde se pode beber algumas caipirinhas na piscina."

Mas por que "camino de la muerte"? Porque tem uma média de 20 mortes a cada quilômetro de rodovia. Então se não quiser ir de carro, minibus, é possível fazer o trajeto de bicicleta (95km de La Paz).

Entonces: !Buen Viaje!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Passagens Adquiridas: BSB-CBB-BSB

Agora a nossa viagem é real! Depois que a Rafa conseguiu as férias dela para o período de 1º a 30 de outubro, e eu também, faltava só acertar as passagens de ida e volta. Com isso, teremos 30 dias para "mochilar" pela Bolívia, Peru e Chile.

Como eu possuía mais de quarenta mil pontos de fidelidade TAM, a maioria vindos de uma viagem que fiz em 2008 para a Guiné-Bissau, na África, estava só aguardando a definição dessa data para adquirir as passagens aéreas. Um detalhe: passagens para a América do Sul requerem dez mil pontos por trecho, o que eu acho super vantajoso se consideramos que a mesma pontuação é exigida para qualquer trecho doméstico dentro do Brasil.

Ufa! Os meus pontos já estavam a uma semana de expirar...

Nosso plano era ir de Brasília para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e voltar a partir de Santiago, no Chile. Com isso faríamos uma linha contínua sem ter que voltar para o ponto inicial. Mas, infelizmente, pela Internet a TAM não permite esse tipo de itinerário, usando pontos de milhagem. Então, o jeito foi comprar ida e volta para Cochabamba. Desse modo, nosso trajeto virou um círculo em meio aos três países.

Nosso itinerário de viagem é o seguinte:

Ida: Brasília - Cochabamba (Sexta-feira, 1º de outubro de 2010)

Partida: 19h30 Brasília, Brasil
Chegada: 21h05 São Paulo, Brasil 

Partida: 22h45 São Paulo, Brasil
Chegada: 01h35 Buenos Aires, Argentina

Partida: 09h40 Buenos Aires, Argentina
Chegada: 13h50 Cochabamba, Bolívia

Volta: Cochabamba - Brasília (Sábado, 30 de outubro de 2010)

Partida: 13h30 Cochabamba, Bolívia
Chegada: 19h40 Buenos Aires, Argentina

Partida: 01h45 Buenos Aires, Argentina
Chegada: 05h30 São Paulo, Brasil

Partida: 07h20 São Paulo, Brasil
Chegada: 09h08 Brasília, Brasil

Ou seja, de cara dá para perceber que é um trecho muito mais longo do que deveria ser. São duas conexões, sendo a segunda em Buenos Aires, formando assim um triângulo no mapa, o que deixa a viagem com mais do que o dobro de sua distância direta. Paciência, meu lema é: quanto pior, melhor! ;-)

Tarefa para os próximos dias: definir o nosso roteiro de viagem...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

De Coxas Bambas

Em 2008 eu e a Rafa conhecemos os amigos Adriano Fernandes e Leonardo de Agostini, numa trilha no interior de Cavalcante (GO), no meio da Chapada dos Veadeiros. Eles nos falavam de uma viagem que haviam acabado de realizar e teve por objetivo visitar os superlativos da América do Sul.

A viagem foi feita de bicicleta, percorrendo aproximadamente mil quilômetros e passando por três países: Bolívia, Peru e Chile. No retorno a Brasília pude visitar o site (www.coxasbambas.com.br) que o Adriano comentou, onde eles haviam publicado todas as informações sobre a viagem.

Li todo o site, vi as fotos, assisti os vídeos. O Adriano nem precisou insistir muito para nos convencer de que também deveríamos realizar essa viagem. Ele sempre nos diz: vão, porque se vocês não forem, ninguém irá por vocês! Veja um pouquinho do que foi a Expedição Coxas Bambas:



Tentamos ir em 2009 mas não deu, porque a Rafa não conseguiu tirar férias. Finalmente, em 2010 conseguimos! Serão 30 dias de férias em outubro, "mochilando" por lugares que estão entre os mais fantásticos do nosso continente. Segue mais um vídeo dos Coxas:



Então, em homenagem aos amigos Coxas Bambas e para mantermos um diário de bordo da nossa viagem, criamos esse blog (decoxasbambas.blogspot.com) onde iremos publicar as informações da nossa Expedição "De Coxas Bambas". Já estamos de coxas bambas só de imaginar o que vem pela frente... :-)